“Estás a olhar para onde?!”: Agir contra o bullying” é um projeto que surge no âmbito da educação para a cidadania e que consistiu na construção de um jogo. Esta tarefa envolveu os alunos e a escola numa reflexão sobre a sua atitude e postura relativamente à violência verbal, física e emocional.
Este trabalho pretendeu habilitar os jovens com saberes e valores para a construção de uma sociedade mais justa, centrada na pessoa, na dignidade humana e na ação sobre o mundo enquanto bem comum a preservar. O futuro será comunitário, cooperativo e inclusivo. A diversidade de culturas, formas de estar, pensar e reinventar o mundo serão a nossa maior riqueza. O verdadeiro capital que impulsionará o desenvolvimento e levará a humanidade a atingir os objetivos a que se propõe hoje, será fruto da capacidade de idealizar uma sociedade tolerante no presente. Para isso é imperativo que os mais jovens nutram empatia e respeito pelos seus pares e vejam as suas ações como capazes de influenciar positivamente o contexto que os rodeia.
Nesse sentido, este projeto surgiu como uma oportunidade de experienciar a ferramenta poderosa que é a cidadania ativa, numa dimensão simples mas importante como a construção de um jogo de tabuleiro. Ao abraçar este desafio, o 4.º ano analisou vários tipos comportamentos de bullying e como impedi-los ou defender-nos dele.
Partimos das aprendizagens proporcionadas pela nossa participação na iniciativa “A Maior Lição do Mundo”, que este ano está subordinada ao tema “aprender em segurança” e do interesse que os alunos revelaram pelo jogo “Cluedo”.
Analisámos o jogo e começámos a transformá-lo, adaptando-o à realidade de uma escola:
No teatro, falámos das personagens-tipo e tentámos criar personagens que fossem como nós: com qualidades e defeitos.
Com base nas áreas vocabulares e famílias de palavras, procurámos nomes para a escola e personagens que refletissem o tema do nosso jogo. Relembrámos as regras para os textos descritivos e instrucionais para descrever os intervenientes do jogo e explicar como jogar, respetivamente.
Recordámos as diferentes zonas da escola e as suas funções, bem como as regras de segurança, resolução de conflitos e convivência em sociedade.
Passámos para planear o nosso tabuleiro, peões e cartas de jogo. Criámos uma escola vista em planta: determinámos a área de jogo e que parte seria ocupada por cada um dos locais. Depois, mantendo a mesma área mas alterando os perímetros, criámos as diferentes zonas. Definimos a unidade de medida para o tabuleiro, que serviu para o pavimentar, recorrendo a padrões geometricos.
Nas artes visuais, construímos os manipuláveis que compõem o nosso jogo, articulando os nossos conhecimentos de geometria mais teóricos associados à matemática com a componente mais prática que se operacionaliza através da expressão plástica.
No final, experimentámos o nosso jogo. Foi muito divertido jogar a algo que foi pensado e construído por nós!
Estabelecemos igualmente parcerias com outras instituições, para que o jogo seja apresentado noutras escola e em diversos contextos educativos da nossa região.